segunda-feira, 3 de julho de 2006

Anátema

De nós próprios.
De ser. De existir.
Da realidade cuja paridade nivela por defeito; ou dela, derivado, assim nivelamos.
Do nulo ser que se apresenta e representa a forma do asco. Do vazio.
Do vazio que não preenchemos porque jamais seremos hábeis para efectuar tal tarefa.
Da inutilidade mascarada que todavia não desaparece da transparência translúcida da imagem espelhada daquelas vidas que se levam.
Do desespero que somos nesta senda em que o não ser evocaria para um futuro a vir melhores memórias.
Do zero, mesmo que dele não queira descer.

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2 comentários:

  1. lindo, mas não entendi a ultima frase "Do zero, mesmo que dele não queira descer". Vc quer dizer, do zero para o menos zero? na verdade me foge a compreensão essa parte: "...mesmo que dele não queira descer".

    Espero que não me leve a mal, gostei muito do texto.

    abrs

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  2. Sim, quando na retoma, nalgum (re)início, a estaca desce abaixo do número zero.

    cumps. ;)

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