sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sleepless

Há dias em que de facto reparamos que o dia tem vinte e quatro horas. Sem tirar nem pôr.




"With a face like this I won't break any hearts
And thinking like that I won't make any friends

Screw that
Forget about that
I don't want to know about anything like that

I've got nothing to do, but hang around and get screwed up on you
I've got nothing to do, but hang around and get screwed up on you

Your beauty makes me feel alone
I look inside but no one's home

Screw that
Forget about that
I don't want to think about anything like that

I've got nothing to do, but hang around and get screwed up on you
I've got nothing to do, but hang around and get screwed up on you

But get screwed up on you
But get screwed up on you
"

'Screamager' Therapy?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O ciúme da não presença

Esteve de partida, dizem. Está ausente ainda, confirmam esses que dizem. No rastreio, desmonto-lhes a cilada de linguagem, armadilhada só porque sim. Não está de partida e menos ainda ausente. Está. Está porque ancorada ao que fica, vincadamente incutida, marca indelével de não menos indelével doçura. Alheada apenas a figura física, o retrato imediatístico. O imediato não ultrapassa o engodo de um presente volátil que aguarda porto onde lançar âncora. Alheado, assim, tão somente o superficial, superficial que só por poucas vezes permite, e translucidamente, observar o cerne, ie, o substracto, a substância.

Mesmo agora estou contigo, porto tu que me és. Lanço ao mar as palavras desmontadas de quem a bonito se limita a conversa fácil. E o mar, ser indízivel e jamais enganável por jargões humanos, leva-as numa onda de retoma remetendo-as para marés perdidas. Sorrio. Estás como estiveste. Desde que te tenho que não mais deixaste de estar. Que diriam neste instante os que de arrogada sapiência, desmoronada à mais suave aragem do meu profundo pensamento, te viam longinquamente apartada? Tolos.

Hoje ficaste mais uma vez. Tal o foi todos os dias. Sistematizo a tua imagem numa heurística que o quotidiano oferece. Estamos. O teu sono – sonhos, crenças, valores, idiossincrasias, vontades – continua a ser o meu. E o sono mais não é que uma página de despertares, não melhores nem inferiores, mas cumulativamente complementares. Acordado, adormeço no teu abraço subliminar. Esfuma-se a aparência no arremate dos sentidos que, juntos, conjuram cumplicidade. De partida... Tolos.



©


"Esta ordem social é susceptível de, também ela, entrar em crise, sobretudo quando a sua estabilidade se opõe às mudanças do meio ambiente, de modo que à área de acção social e à área da ordem junta-se a da crise."

'O Retorno do Actor', Alain Touraine

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ora, 2 e 3...

- Como disse?
- Vinte e sete.

the eternal idol, auguste rodin



"
[...]
I would fly to the moon and back if
You'll be
If you'll be my baby
Got a ticket for a world where we
Belong
So would you be my baby
[...]"

'To the Moon & back', Savage Garden