sábado, 7 de abril de 2007

Sete vezes dois...

Parece que o modelo natural das coisas se altera. Temos de repensar a nossa ordem ecológica, mais quando os coelhos passam a pôr ovos. Agravando o facto, convenha-se, de coelhos da estirpe kappa andarem por alguns lados a largar ovos de estirpe gamma. Mas como nada disto poderá fazer sentido...

É como nas contas, quase nunca acerto - ou se acerto, acerto para o meu lado. Estará a natureza que nós conhecemos perversa? Não creio; e pelo menos nesta conta acertarei: sem dúvida que o resultado é catorze... catorze pequenos infinitos que glamorosamente brilham no tempo. O resto da conta não sei; parece ainda mais infinita, se é que é possível. Parecendo ou não parecendo, é o que quero. E ainda sei bem o que quero.

dog barking at the moon, joan miró


"Aconteceu...
e por me teres feito cego
recordo o sabor da tua pele
e o calor de uma tela
que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
e enquanto o ar foi cego
despidos de passados
talvez de lados errados
conseguiste-me encontrar.

Foi dança
foram corpos de aço
entre trastes de guitarras
que esqueceram amarras
e se amaram sem mostrar.
Foi fogo
que nos encontrou sozinhos
queimou a noite em volta
presos entre chama à solta
presos feitos para soltar...
"

'Fogo e Noite', Toranja


... porém prefiro Sol e Lua...

2 comentários:

  1. Coelhinhos malucos...
    Estava escrito, tudo está escrito, e o que se adivinha é um sol cheio e uma lua quente;)... belo par...

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  2. Como em certas circustâncias assiro com toda a convicção: "roça a perfeição"

    :)

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