Primeiro de Abril. Alguns, muitos, por tradição, são apegos à graçola, à mentira em tom de patranha que o costume cristalizou no correr dos tempos. Outros, talvez em menor número, vincam-se à verdade, afirmando-a como algo supremo – ‘boas razões’, diria quem conheço por leituras e por elas somente.
Sem a peta, coisa que ressoa com o título. Sem a peta, sim; e sim, porque sim: escuso-me a explicações por, contornos seus, tão escusadas serem. O primeiro de Abril de há alguns anos terá sido certamente um dia radioso, pleno daquele estado solarengo que tão poucas vezes surge a exibir-se: ainda que, sem paradoxo, não houvesse raiado um único raio de Sol; mas certamente que solarengo, de Sol firme e disposto por convicções que só a ele e a mais ninguém, ou quase, respeitam. O primeiro de Abril de há alguns anos foi certamente de Lua cheia, aberta numa áurea inexprimível pelos sentidos; assim se terá iniciado o dia, mesmo pouco antecedendo a que se improvisassem as suas duas primeiras badaladas: ainda que, sem paradoxo, não houvesse Lua visível ao olhar humano – mas havia-a assim e muito mais para a vida.
É raro, e algo desconcertante quem sabe, exaltar desta maneira um dia. Mas, sem paradoxo, porque não: porque não fazê-lo? Exaltar o que é sublime não é crime nem pecado – nem lei nem divindade por ordem alguma se aprouveriam em sancionar tal façanha; se me questionarem porquê, retorquirei breve porque sim… porque sim.
Se nada é perfeito, e menos ainda o mundo que todos nós vivenciamos quotidianamente, inquestionável é que este se torna melhor pela graça das graças que, escassas mas irreprimíveis, se gera; gera… gerando em parto consumado. E daí até que as estrelas, em pozinho cósmico, se decidam a enredar todo o tecido de uma história, de histórias de vida… bem, isso é segredo delas; e com elas permanecerá – sabendo que, apesar desse pudico segredo, também nós vamos sabendo… sabendo vivendo, acrescentaria eu.
Certo é, sabemo-lo, que a memória tende a ser curta. Porém, afirmando em locução de asserção inabalável, cá vou estando; cá vou estando nesta afirmação que diz em peremptória exclamação ‘não esqueci!’.
É a vida… Gosto dela. Sim, se um duque e uma oitava conseguem compor sublime sinfonia…
"In a garden in the house of love, sitting lonely on a plastic chair
The sun is cruel when he hides away, I need a sister - I'll just stay
A little girl, a little guy - in a little church or in a school
Little Jesus are you watching me, I'm so young - just eighteen
She, she, she, she Shine On
Shine On
Shine On
In a garden in a house of love, there's nothing real just a coat of arms
I'm not the pleasure that I used to be - so young - just eighteen
She, she, she, she Shine On
Shine On
Shine On
I don't know why I dream this way
The sky is purple and things are right every day
I don't know, it's just this world's so far away
But I won't fight, and I won't hate
Well not today
In a garden in the house of love
Sitting lonely on a plastic chair
The sun is cruel when he hides away
Shine On...
Shine On
Shine On
....and on...and on...
Shine
Shine On
Shine
Shine
Shine"
'Shine On', Apoptygma Berzerk (or. House of Love)
Sem a peta, coisa que ressoa com o título. Sem a peta, sim; e sim, porque sim: escuso-me a explicações por, contornos seus, tão escusadas serem. O primeiro de Abril de há alguns anos terá sido certamente um dia radioso, pleno daquele estado solarengo que tão poucas vezes surge a exibir-se: ainda que, sem paradoxo, não houvesse raiado um único raio de Sol; mas certamente que solarengo, de Sol firme e disposto por convicções que só a ele e a mais ninguém, ou quase, respeitam. O primeiro de Abril de há alguns anos foi certamente de Lua cheia, aberta numa áurea inexprimível pelos sentidos; assim se terá iniciado o dia, mesmo pouco antecedendo a que se improvisassem as suas duas primeiras badaladas: ainda que, sem paradoxo, não houvesse Lua visível ao olhar humano – mas havia-a assim e muito mais para a vida.
É raro, e algo desconcertante quem sabe, exaltar desta maneira um dia. Mas, sem paradoxo, porque não: porque não fazê-lo? Exaltar o que é sublime não é crime nem pecado – nem lei nem divindade por ordem alguma se aprouveriam em sancionar tal façanha; se me questionarem porquê, retorquirei breve porque sim… porque sim.
Se nada é perfeito, e menos ainda o mundo que todos nós vivenciamos quotidianamente, inquestionável é que este se torna melhor pela graça das graças que, escassas mas irreprimíveis, se gera; gera… gerando em parto consumado. E daí até que as estrelas, em pozinho cósmico, se decidam a enredar todo o tecido de uma história, de histórias de vida… bem, isso é segredo delas; e com elas permanecerá – sabendo que, apesar desse pudico segredo, também nós vamos sabendo… sabendo vivendo, acrescentaria eu.
Certo é, sabemo-lo, que a memória tende a ser curta. Porém, afirmando em locução de asserção inabalável, cá vou estando; cá vou estando nesta afirmação que diz em peremptória exclamação ‘não esqueci!’.
É a vida… Gosto dela. Sim, se um duque e uma oitava conseguem compor sublime sinfonia…
"In a garden in the house of love, sitting lonely on a plastic chair
The sun is cruel when he hides away, I need a sister - I'll just stay
A little girl, a little guy - in a little church or in a school
Little Jesus are you watching me, I'm so young - just eighteen
She, she, she, she Shine On
Shine On
Shine On
In a garden in a house of love, there's nothing real just a coat of arms
I'm not the pleasure that I used to be - so young - just eighteen
She, she, she, she Shine On
Shine On
Shine On
I don't know why I dream this way
The sky is purple and things are right every day
I don't know, it's just this world's so far away
But I won't fight, and I won't hate
Well not today
In a garden in the house of love
Sitting lonely on a plastic chair
The sun is cruel when he hides away
Shine On...
Shine On
Shine On
....and on...and on...
Shine
Shine On
Shine
Shine
Shine"
'Shine On', Apoptygma Berzerk (or. House of Love)
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