Desconheço a origem deste dito popular, que dois dois, um a seguir ao outro ou ao inverso, pois que este número capicua, se conheçam como sendo os 'dois patinhos'. O que é certo é que hoje arrecada sentido especial. Só dois, neste dia de vinte e dois; dia, por pertença, dos dois. Podemos trocar de lugar que pouco importa, seremos na mesma dois, os dois. Aos vinte e dois quero tanto quanto sempre os dois juntos, a ordem não é relevante já que nos saberemos sempre ler; semelhantes, porque apenas quase iguais nas diferenças que nos unem; semelhantes, porque inerentemente iguais noutra união que é a da partilha unificada que atravessa transversalmente todas as similitudes que evocam comunhão.
Vinte e dois, par orgulhosamente só na modéstia de quem não está nem estará em vivência isolada. Não é bom estar-se junto sem companhia alheia? Sim. E não. É bom estar-se só com e junto em. Como são delicadas mas tão fortes isoladas conjunções; com mundos de gentes, tanto quanto como na unicidade que, juntos, nos torna singulares.
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“All that you touch
All that you see
All that you taste
All you feel.
All that you love
All that you hate
All you distrust
All you save.
All that you give
All that you deal
All that you buy,
beg, borrow or steal.
All you create
All you destroy
All that you do
All that you say.
All that you eat
And everyone you meet
All that you slight
And everyone you fight.
All that is now
All that is gone
All that's to come
and everything under the sun is in tune
but the sun is eclipsed by the moon.
«There is no dark side of the moon really. Matter of fact it's all dark.»”
'Eclipse', Pink Floyd
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