É um passo de cada vez. Assim se anda, assim se aprendeu a caminhar. Há passos em todas as dimensões das nossas vidas: maiores, mais pequenos ou em retrocesso. Dessas dimensões umas são mais valorizadas em detrimento de outras que, não deixando de ter a sua devida importância, secundarizamos nem que seja um pouco. Faltam-me ainda muitos passos, em todas elas. Todavia, muitos se viram já concretizados. E não foram (só) os de retrocesso. Logo a seguir a algumas dimensões matrizes, axiais, vem a académica. Também esta conheceu alguns passos invertidos. Presentemente via irem-se sucedendo daqueles grandes. Hoje conheceu o início do mais ambicioso.
Algumas mentes, que diria a roçarem o mentecapto, afirmam que temos demasiados doutores. Doutores com 'd' minúsculo. Creio que se equivocam. Mais, construo dessas mentes uma representação mental de 'velhos do Restelo': fatalistas de um fado triste, derrotistas e pretensas elites que cobiçam e invejam futuros radiantes, acima de tudo o mais criaturas amarguradas. O saber ocupa lugar, evidentemente que ocupa. Por cá temos muito onde o guardar, precioso pois que o pensam raro, ao saber. Não devemos recear o esclarecimento, ou pelo menos alguns dos seus raios despontantes que se desabrocham perante nós. Ele não se oferece. Ao invés, carece de conquista. Devia estar regulamentado a espontaneidade ao seu acesso. Mas temos os rankings, temos as políticas e práticas distintivas, consciências de segmentos de classe que se debatem por uma exclusividade grupal. O que devíamos ter, senhores 'velho do Restelo', era mais gente formada. Mais doutores com o tal 'd'; mais mestres; mais doutores por extenso.
Aos poucos talvez se atine. Nesse sentido já dei alguns passos de contributo. O dr, o quase mestre e, a partir de hoje, o doutorando. Saber ocupa lugar. Mas é uma valia, não é incómodo e não é veleidade e menos ainda propriedade exclusiva de e para apenas alguns.
Algumas mentes, que diria a roçarem o mentecapto, afirmam que temos demasiados doutores. Doutores com 'd' minúsculo. Creio que se equivocam. Mais, construo dessas mentes uma representação mental de 'velhos do Restelo': fatalistas de um fado triste, derrotistas e pretensas elites que cobiçam e invejam futuros radiantes, acima de tudo o mais criaturas amarguradas. O saber ocupa lugar, evidentemente que ocupa. Por cá temos muito onde o guardar, precioso pois que o pensam raro, ao saber. Não devemos recear o esclarecimento, ou pelo menos alguns dos seus raios despontantes que se desabrocham perante nós. Ele não se oferece. Ao invés, carece de conquista. Devia estar regulamentado a espontaneidade ao seu acesso. Mas temos os rankings, temos as políticas e práticas distintivas, consciências de segmentos de classe que se debatem por uma exclusividade grupal. O que devíamos ter, senhores 'velho do Restelo', era mais gente formada. Mais doutores com o tal 'd'; mais mestres; mais doutores por extenso.
Aos poucos talvez se atine. Nesse sentido já dei alguns passos de contributo. O dr, o quase mestre e, a partir de hoje, o doutorando. Saber ocupa lugar. Mas é uma valia, não é incómodo e não é veleidade e menos ainda propriedade exclusiva de e para apenas alguns.
"The rule of behavior that seems to be common to all situations and exclusive to them is the rule obliging participants to 'fit in'."
'Behavior in Public Spaces - Notes on the Social Organization of Gatherings', Erving Goffman