Uns pregos, uma água com gás e um chocolate quente, não excessivamente dispendiosos, são justificativo suficiente para se reservar mesa no Arena Lounge do Casino de Lisboa durante os concertos. E este, Toranja, jusficava-o mais ainda. Confortavelmente sentados, entretidos ao som de sons acima do razoável.
Nada de muito espectacular, mas que baste para agradar rompendo com algumas rotinas quotidianas entediantes algumas vezes acompanhadas por pensamentos, em demasia presentes, incipientes e algo mórbidos; vicissitudes provenientes de matérias que aqui não cabem nem pertencem. A companhia, como habitual, rompia igualmente com tais pensares e acometia-se calorosa; diria mesmo indispensável, inimpensável sua ausência. Também como habitual, soma mais ‘pontos’ que o próprio concerto ou qualquer outra prática.
Legitimada, então, a ida foquemo-nos no espectáculo ofertado em si. Simpático e caloroso, repita-se; nada de espectacular, como mencionado. Todavia, bem interessante para uma segunda-feira à noite em que fomos prendados com quase duas horas de músicas e um vasto leque de piadas sem piada. Mas na verdade os senhores esforçaram-se, culminando numa sessão francamente positiva. Pena foi o convidado especial surpresa, que por uma questão ética me recuso nomear, que ia corrompendo o entretém expectado; felizmente não se demorou, cingindo-se a acompanhá-los em apenas dois temas – presença, porém, escusada…
Como o segundo, Segundo, me parece bem mais fraco que o primeiro, torna-se normal que os momentos mais elevados fossem aqueles consagrados às músicas do primeiro de originais. A deficiente dicção de quem cantava e a medíocre acústica (do espaço ou móbil do hardware de sonorização? ou as duas em simultâneo?) foi secundarizada pela dinâmica com que, mais no final, percorria o interior da arena.
Surpreendeu, contudo, o vasto leque de presenças na assistência que cobria quer o piso do Arena Lounge como os dois pisos superiores que o rodeiam em espécie de anel. E como o casino apresenta um bonzito sistema de escoamento de gentes, foi breve e sem confusões de maior o abandono do espaço com destino ao ninho que, ávido, aguardava por alguns.
Haverá mais uma série de concertos no decorrer das próximas, ainda consideráveis, semanas. Tendo sido uma experiência por si interessante, lá regressarei nalgumas segundas feiras em que decorrerão outros eventos do género. Quem já gostava deste tipo de concertos no Casino do Estoril, certamente terá apreciado – quanto ainda irá apreciar – o que aqui ocorreu, dado que o espaço é ainda mais acolhedor que o seu homónimo da Linha.
Quanto ao resto da noite, guardo os pormenores para mim. Pouco importariam aos que os lessem, supremos para quem os vivenciou. Digo eu…
Nada de muito espectacular, mas que baste para agradar rompendo com algumas rotinas quotidianas entediantes algumas vezes acompanhadas por pensamentos, em demasia presentes, incipientes e algo mórbidos; vicissitudes provenientes de matérias que aqui não cabem nem pertencem. A companhia, como habitual, rompia igualmente com tais pensares e acometia-se calorosa; diria mesmo indispensável, inimpensável sua ausência. Também como habitual, soma mais ‘pontos’ que o próprio concerto ou qualquer outra prática.
Legitimada, então, a ida foquemo-nos no espectáculo ofertado em si. Simpático e caloroso, repita-se; nada de espectacular, como mencionado. Todavia, bem interessante para uma segunda-feira à noite em que fomos prendados com quase duas horas de músicas e um vasto leque de piadas sem piada. Mas na verdade os senhores esforçaram-se, culminando numa sessão francamente positiva. Pena foi o convidado especial surpresa, que por uma questão ética me recuso nomear, que ia corrompendo o entretém expectado; felizmente não se demorou, cingindo-se a acompanhá-los em apenas dois temas – presença, porém, escusada…
Como o segundo, Segundo, me parece bem mais fraco que o primeiro, torna-se normal que os momentos mais elevados fossem aqueles consagrados às músicas do primeiro de originais. A deficiente dicção de quem cantava e a medíocre acústica (do espaço ou móbil do hardware de sonorização? ou as duas em simultâneo?) foi secundarizada pela dinâmica com que, mais no final, percorria o interior da arena.
Surpreendeu, contudo, o vasto leque de presenças na assistência que cobria quer o piso do Arena Lounge como os dois pisos superiores que o rodeiam em espécie de anel. E como o casino apresenta um bonzito sistema de escoamento de gentes, foi breve e sem confusões de maior o abandono do espaço com destino ao ninho que, ávido, aguardava por alguns.
Haverá mais uma série de concertos no decorrer das próximas, ainda consideráveis, semanas. Tendo sido uma experiência por si interessante, lá regressarei nalgumas segundas feiras em que decorrerão outros eventos do género. Quem já gostava deste tipo de concertos no Casino do Estoril, certamente terá apreciado – quanto ainda irá apreciar – o que aqui ocorreu, dado que o espaço é ainda mais acolhedor que o seu homónimo da Linha.
Quanto ao resto da noite, guardo os pormenores para mim. Pouco importariam aos que os lessem, supremos para quem os vivenciou. Digo eu…
© IGG
“Aconteceu...
e por me teres feito cego
recordo o sabor da tua pele
e o calor de uma tela
que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
e enquanto o ar foi cego
despidos de passados
talvez de lados errados
conseguiste-me encontrar.
Foi dança
foram corpos de aço
entre trastes de guitarras
que esqueceram amarras
e se amaram sem mostrar.
Foi fogo
que nos encontrou sozinhos
queimou a noite em volta
presos entre chama à solta
presos feitos para soltar...
Estava escrito
E o mundo só quis virar
a página que um dia se fez pesada
E o suorque escorria no ar
no calor dos teus lábios
inocentes mas sábios...
no segredo do luar.
Não vai acabar
Vamos ser sempre paixão
Vamos ter sempre o olhar
Onde não há ninguém
Dei-te mais...! Valeu a pena voar...
Estava escrito
E a noite veio acordar
a guerra de sentidos travada num céu
Nem por um segundo largo a mão
da perfeição do teu desenho
e do teu gesto no meu...
foi como um sopro estranho...
...e aconteceu...
És noite em mim,
És fogo em mim.
És noite em mim.”
‘Fogo e Noite’, Toranja
e por me teres feito cego
recordo o sabor da tua pele
e o calor de uma tela
que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
e enquanto o ar foi cego
despidos de passados
talvez de lados errados
conseguiste-me encontrar.
Foi dança
foram corpos de aço
entre trastes de guitarras
que esqueceram amarras
e se amaram sem mostrar.
Foi fogo
que nos encontrou sozinhos
queimou a noite em volta
presos entre chama à solta
presos feitos para soltar...
Estava escrito
E o mundo só quis virar
a página que um dia se fez pesada
E o suorque escorria no ar
no calor dos teus lábios
inocentes mas sábios...
no segredo do luar.
Não vai acabar
Vamos ser sempre paixão
Vamos ter sempre o olhar
Onde não há ninguém
Dei-te mais...! Valeu a pena voar...
Estava escrito
E a noite veio acordar
a guerra de sentidos travada num céu
Nem por um segundo largo a mão
da perfeição do teu desenho
e do teu gesto no meu...
foi como um sopro estranho...
...e aconteceu...
És noite em mim,
És fogo em mim.
És noite em mim.”
‘Fogo e Noite’, Toranja
Ah, a noite… E como nela tudo se torna (quase) perfeito…
Também lá estive e espero repetir a dose;)
ResponderEliminarEstava escrito...Para sempre,a noite e o dia...
Estavas lá? O mundo é pequeno... :)
ResponderEliminarQuanto ao que estava escrito, estava, está e estará.
Claro que fui indecente! Não me deixaste nenhum endereço... Assim não vale, é batota. :(
ResponderEliminarE talvez bastem os comentários possidónios... nem parece teu, amiguinha. Pena. ;)
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